A saturação de oxigênio considerada normal em nosso corpo é de 90%, você sabia disso? Esse é o valor ideal para um organismo saudável. No entanto, as doenças respiratórias acometem cerca de 44% da população brasileira, sendo assim, a oxigenoterapia é um tipo de tratamento essencial no combate e reversão de agravamento dessas comorbidades. O uso da oxigenoterapia se dá com o objetivo de aumentar a saturação de O2 ou mantê-la no patamar recomendado.
Algumas doenças como a DPOC, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, asma, apneia do sono, pneumonia, entre outras condições cardiovasculares podem exigir da oxigenoterapia um tratamento de curto ou médio prazo.
Essas condições diminuem o oxigênio tanto nos pulmões quanto nos tecidos, por isso, vale salientar que um dos tratamentos mais importantes para o aumento de expectativa de vida de portadores de doenças cardiovasculares é a oxigenoterapia.
Melhoria cognitiva, aumento da qualidade de vida, redução de internação e muitos outros benefícios são alcançados após o início desse tratamento. Você possui alguma doença respiratória ou convive com alguém que possua? Leia o nosso post, nele você aprenderá tudo o que é esse tratamento, quando ele é indicado, como saber quando é viável a sua administração e muitas outras dúvidas acerca do tema.
O que é a oxigenoterapia? Descubra!
O oxigênio é um dos principais componentes necessários para um corpo sobreviver, logo, a respiração é o meio ao qual o corpo busca esse oxigênio, se a respiração não é adequada por algum motivo, o nível de oxigênio no corpo cai. Tanto em menor quanto em maior grau, a falta de saturação é prejudicial em diversos fatores, diminuindo não só a expectativa como também a qualidade de vida.
No entanto, ao se tratar de condições e tratamentos respiratórios, um dos questionamentos principais é, o que é a oxigenoterapia? Nada mais é do que um tratamento que fornece oxigênio extra para o organismo conseguir respirar. Para que haja a administração desse tratamento, o médico responsável deve sugerir e indicar o oxigênio suplementar.
É possível recebê-lo tanto em casa quanto no hospital, algumas pessoas necessitam desse tratamento por um período pequeno de tempo, enquanto outras precisam por toda a vida.
Atualmente, existem tanques de oxigênio líquido ou gasoso e concentradores de oxigênio com cânula ou máscara portáteis e extremamente eficazes, eles facilitam a locomoção do paciente durante o seu uso, tornando o tratamento ainda mais cômodo e confortável.
Dores de cabeça, fadiga, inchaço e irritabilidade são algumas doenças secundárias melhoradas pela oxigenoterapia, afinal, pessoas com doenças respiratórias possuem dificuldade para dormir e outros sintomas devido à baixa oxigenação.
Eu preciso desse tratamento? Entenda agora!
A oxigenoterapia é indicada para pessoas que possuem taxa de oxigênio baixo, nesse momento você aprenderá a identificar se você se encaixa ou não em algum grupo passível a esse tratamento, continue a leitura!
A DPOC é uma das doenças mais prejudiciais aos pulmões: enfisema pulmonar, asma grave e bronquite crônica são alguns conjuntos de doenças que compõem a DPOC, se não tratada, os brônquios se obstruem de tal forma que o portador perde a capacidade de realizar funções que exigem até mesmo o mínimo esforço.
Pneumonia, asma, displasia broncopulmonar, fibrose cística, apneia do sono, doenças pulmonares e outros traumas no sistema respiratórios já são indicativos de possível necessidade da oxigenoterapia.
Você pertence a algum desses grupos? Não se preocupe, nem sempre essa terapia é realmente necessária em todos os casos e alguns estudos até sugerem que pacientes em tratamento domiciliar apresentam melhoras mais rápidas. O diagnóstico dependerá da indicação e avaliação de um médico especialista.
Alguns estudos apontam que a administração do tratamento em fase inicial melhora todo o quadro clínico do paciente, por isso, ao sentir fadiga constante e alguns dos outros sintomas que pertencem às doenças acima, não demore para procurar o médico ou hospital mais próximo.
Em suma, para saber se o paciente necessita desse tratamento, os médicos testam a quantidade de oxigênio no sangue arterial, verificam o oxímetro de pulso ou induzem o paciente à sonoterapia. Dessa forma é possível saber a taxa de saturação e oxigênio no organismo, com esses exames é possível indicar o tratamento ideal a curto prazo ou a longo prazo.
Algumas pessoas podem precisar somente em determinadas situações enquanto outras precisarão constantemente, no próximo tópico você ficará por dentro sobre os tipos de oxigenoterapia, acompanhe!
Tipos de oxigenoterapia: conheça quais são!
A administração da oxigenoterapia segue a necessidade do paciente, por isso é possível mais de um tipo de suporte. O concentrador de oxigênio bem como a quantidade de ar presente são determinados por um profissional.
O concentrador estacionado será muito mais útil a pacientes que necessitam constantemente desse tratamento, enquanto os equipamentos portáteis beneficiaram algumas pessoas que precisam da oxigenoterapia em alguns momentos, como durante uma caminhada.
Você pode conhecer tudo sobre os concentradores aqui no nosso blog, abaixo confira três tipos de oxigenoterapia:
Ventilação não invasiva
A ventilação não invasiva é para quem necessita de um tratamento mais leve, o suporte de oxigênio nesse caso pode ser utilizado durante o sono. Eles são indicados para portadores de distúrbios do sono, ronco, apnéia e dentre outros. Aparelhos de CPAP são os mais comuns e indicados para casos assim.
O que mais atrapalha a sua respiração é o ronco? Se sim, leia o nosso post sobre como parar de roncar usando o CPAP.
Nesse caso, não há oxigênio extra, mas uma reabertura dos alvéolos pulmonares, fazendo com que a respiração aconteça de maneira mais fácil por meio de um CPAP.
Sistema de baixo fluxo
O sistema de baixo fluxo é para pacientes que não conseguem respirar de forma adequada, seja por todo o dia ou em algumas situações específicas. Nesse caso, é oferecido ao paciente um suporte com uma cânula nasal básica, o oxigênio aplicado é misturado com o ar e administrado ao paciente sempre que necessário porém em uma quantidade moderada.
Cateter nasal, cânula, máscara facial, máscara com reservatório ou máscara de traqueostomia são alguns dos instrumentos para inserir oxigênio no organismo. Com o cateter é possível administrar até 2 litros de oxigênio por minuto, a cânula pode chegar até 8 litros, já as máscaras faciais beneficiam pessoas que respiram muito mais pela boca.
Sistema de alto fluxo
Sugestivo, esse modelo de oxigenoterapia é indicado para pacientes que necessitam de tratamento a longo prazo e em altas doses. Nesse caso o suporte oferece oxigênio total em uma quantidade muito maior do que nos outros tipos. Pessoas que precisam desse tratamento são pessoas que sozinhas não conseguiriam atingir um fluxo respiratório suficiente.
O sistema de alto fluxo beneficia sobretudo pessoas com insuficiência respiratória, enfisema pulmonar, edema agudo de pulmão, hipóxia e outras condições mais graves. A máscara de Venturi nesse caso é a mais utilizada, ela fornece para o organismo até 15 litros de oxigênio por minuto.
Oxigenoterapia em casa, saiba como usar o aparelho a domicílio
Em alguns casos, a internação não é a melhor solução e nem a mais viável se pensarmos a longo prazo. Para algumas pessoas, a falta de oxigênio no sangue atrapalha funções básicas, como caminhar, tossir, executar tarefas simples no banho, dentre outras.
Muito provavelmente o médico indicará o suporte para usar tanto continuamente quanto em determinadas situações, é o caso das pessoas que precisam deles para dormir. Utilizar aparelhos de oxigenoterapia em casa exige cuidados, a Casa Médica separou para você algumas dicas de segurança para você fazer o uso domiciliar de forma apropriada, veja abaixo:
- Não utilize o aparelho próximo a fumantes, se você for acompanhante, evite fumar próximo aos cilindros;
- Mantenha o oxigênio longe de chamas, evite cozinhar muito próximo ao fogão ou a demais fontes de calor;
- Tenha cuidado para não tropeçar, se for necessário, prenda o tubo na camiseta;
- Não guarde o oxigênio em porta-malas ou locais pequenos e abafados, o cilindro deve estar em áreas abertas onde o ar se move constantemente;
- Equipamentos utilizados somente no período noturno devem permanecer desligados ao longo do dia – acione-os somente em momentos específicos de uso.
O oxímetro de pulso é um aparelho fundamental para se ter em casa, ele te ajudará a medir e acompanhar o nível de oxigênio no corpo. A consulta com o Médico é imprescindível, só ele saberá de fato qual o melhor meio de tratamento, quais medidas de segurança tomar e qual tipo de oxigenoterapia seguir.
Esperamos que esse post tenha te ajudado! Buscamos sanar as principais dúvidas acerca desse tema e oferecer os melhores caminhos em busca de um tratamento.
A sua saúde é preciosa para nós, por isso, sempre trazemos posts com temáticas necessárias sobre cuidados médico-hospitalares. Deixe-nos um comentário com sugestões de temas que você deseja ver por aqui, para nós o seu bem estar é essencial! Até a próxima!